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COLUNAS

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A edição "Esperançar", produzida pela artista Sandra Cinto, foi esgotada rapidamente. Com isso, a Carbono Galeria reservou o último exemplar, 20/20, para ser sorteado entre os que contribuírem com uma rifa de R$ 200. Toda renda será destinada à ONG Mães da Favela, que leva esperança às famílias mais atingidas pela pandemia em todo país.

"Esperançar" é uma edição-irmã de "Mar é amar é maré amar", que nasceu durante esta pandemia do desejo que a transformação é possível, mesmo nos momentos mais difíceis.


"Esperançar" propõe uma reflexão de que a esperança precisa estar apoiada na práxis, assim como o movimento das ondas é ativado pelo manuseio da manivela, é necessário que a esperança acione em nós uma manivela interna que nos moverá em direção à mudança.

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O sorteio acontecerá no dia 20 de agosto, às 20h, ao vivo pelo Instagram da Carbono. Leia o regulamento e clique para participar.

 

Roberto Ribeiro, que faria 80 anos em 20 de julho, está entre os maiores intérpretes do samba. Rachel Valença, coordenadora de literatura do IMS e componente histórica do Império Serrano, seleciona e comenta 15 gravações do cantor.


Ninguém mais do que ele mereceu ser chamado de puxador, nome que se dá ao intérprete que canta em microfone amplificado o samba-enredo de uma escola de samba durante o desfile. Embora seja considerado por muitos pejorativo – o grande Jamelão detestava ser chamado assim –, o termo é bastante expressivo, porque sugere algo mais do que o simples ato de cantar: o puxador tem ainda a missão de animar, empolgar o componente, liderando o desfile. Roberto Ribeiro, que inaugurou a prática de cantar o samba não do alto do carro de som, mas sim pisando o asfalto da Avenida, dirigindo-se ao componente com estilo “olho no olho”, é o eterno puxador, aquele que jamais será esquecido por sua escola, o Império Serrano, em que ocupou o posto de 1970 a 1981.

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Acontece que esse mesmo puxador tornou-se, com o tempo, um cantor de sucesso, com uma respeitada trajetória de sambista e compositor. Seus discos estavam no topo das listas de mais vendidos, seus shows por todo o país atraíam multidões. Transformado em ídolo popular não apenas pela voz doce e potente, mas também pela presença simpática e elegante, nunca abriu mão de sua condição de sambista. Conhecia seu público e sabia o que lhe agradaria, desde novas composições de amigos e parceiros até a recuperação de sambas como Estrela de Madureira, que, derrotado na disputa de samba-enredo no carnaval de 1975, com enredo sobre Zaquia Jorge, estaria fadado ao esquecimento, não fosse a gravação de Roberto.


O sucesso e a fama, com todas as suas decorrências, em nada mudaram o homem simples, o amigo generoso, o sambista alegre que encantava os que o cercavam.


"Tive a felicidade de ser, mais do que mera admiradora, amiga próxima dele e de sua família. Fomos vizinhos em um período de nossa vida. Nessa qualidade, sempre testemunhei sua simplicidade, seu apego a um tipo de vida que era a mesma de antes, com os hábitos e prazeres de um homem do povo, sem pretensão, sem pose, com verdade", Rachel Valença, coordenadora de literatura do IMS, integrante histórica do Império Serrano e autora do livro Serra, Serrinha, Serrano, sobre a escola de samba.


Mesmo depois que seus compromissos profissionais o afastaram da missão de puxar o samba do Império Serrano na Avenida, nunca se afastou de sua escola. Frequentava a quadra como qualquer de nós, sempre que possível desfilava. Amou o Império Serrano até seu último dia de vida. Amor correspondido na mesma proporção e para sempre, pois em nossa escola de samba Roberto Ribeiro viverá eternamente.


Seleção de músicas da Rádio Batuta, do IMS.

 

O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro apresenta gratuitamente, em streaming, nesta sexta-feira, dia 24, a partir das 19h, o longa italiano 'Minha Filha', dirigido por Laura Bispuri, um drama sobre a garota Vittoria (Sara Casu), uma menina de dez anos, filha de uma mãe irresponsável, hedonista (Alba Rohrwacher) que é adotada ainda bebê por outra mulher, mais sisuda e maternal (Valeria Golino).

O filme discute o papel de mãe com sensibilidade feminina. A mãe que cria tenta ao máximo providenciar boas condições de vida à menina, tanto materialmente quanto em termos de afeto. A relação entre duas mulheres adultas com sentimentos como ciúme, ódio e uma forte cumplicidade. Uma menina sob a disputa de duas mães: a de criação e a biológica, que deseja tê-la de volta. No centro do conflito, Vittoria se vê obrigada a lidar com questões existenciais muito acima do seu nível de maturidade e a fazer uma escolha que a afetará para sempre. O DNA correndo nas veias, a faz afastar-se da mãe de criação e se aproximar da biológica.

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“Com este filme, eu queria levantar algumas perguntas sobre maternidade. Eu me perguntei: é possível crescer com mais de uma figura materna? O vínculo físico com a pessoa que carrega você na barriga, te dá nascimento e que se aparenta a você é mais importante do que o vínculo cultural com a pessoa que cria você? Eu queria para abordar uma das questões mais importantes do nosso tempo: o sistema parental clássico. Durante séculos mulheres foram enquadrados pelo ideal do perfeito mãe. Eu acho que questionar esse conceito e dar valor à imperfeição é oportuno e importante”, revelou Laura Bispuri.


'Minha Filha'

Classificação: 14 anos

Elenco: Valeria Golino, Alba Rohrwacher, Sara Casu

Produção: Alemanha/Itália/Suíça, 2018. Duração: 100 minutos

Direção Laura Bispuri

País: Itália

Ano: 2018

Cor

Data: 24 de julho de 2020

Horário: a partir das 19h para 48 horas

Local: Vimeo (Online)

Ingresso: Entrada Franca

 
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