30ª Bienal de São Paulo prestou homenagem a Bispo do Rosário
- andréia gomes durão
- 31 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
A 30ª Bienal de São Paulo (2012), intitulada A iminência das poéticas, teve como curador geral o venezuelano Luis Pérez-Oramas, como curadores-adjuntos, André Severo e Tobi Maier, e como curadora-assistente, Isabela Villanueva. Essa edição da Bienal estabeleceu como proposta curatorial as permanentes interlocuções entre passado e presente; centro e periferia; objeto e linguagem. O debate, proposto por Pérez-Oramas, sobre a circulação de obras e pessoas e seus respectivos trânsitos locais e globais tornou-se ainda mais pertinente no contexto da Covid-19.
Com um enfoque na América Latina, 111 artistas participaram da edição, em que cerca de 3 mil obras foram expostas, sendo que 75% delas jamais haviam sido vistas. A 30ª Bienal também homenageou o artista visual brasileiro Arthur Bispo do Rosário e o crítico e artista Waldemar Cordeiro. O público pode conferir no canal do Youtube da Bienal a playlist dedicada a essa edição, com registros da abertura, de performances, conversas com artistas, curadores, vídeos sobre ações educativas, a criação da identidade visual, a arquitetura da mostra e workshops.

"Bienal é Babel. (...) A última tragédia da América, quando finalmente parece que desperta, seria continuar imitando a Europa, e imitá-la também em seus esquecimentos: assim, alguns pretendem que as bienais da América sejam feitas mentalmente a partir de fora, e que, porque a Europa ou as nações dominantes do Atlântico Norte não recuaram em seu empenho, para seu próprio benefício de esquecer o mundo, agora devemos, como eles, herdando as culpas de um esquecimento que não é nosso, pretender ser globais, também e sempre para seu próprio benefício. Em compensação, seria importante aprender a ser locais, a estar situados: a reivindicar um lugar no mundo, a pensar a partir de um lugar, e não como carnavalescas figuras da inteligência, em mascarada, a partir de todos os lugares: falácia como poucas que nos conduz à ilusão de crer que vencemos para sempre as distâncias, as diferenças e os tempos." PÉREZ-ORAMAS, Luis. "A iminência das poéticas (ensaio polifônico a três ou mais vozes)". In Catálogo da 30ª Bienal de São Paulo: A iminência das poéticas, 2012, pp.27-28
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