Bienais de SP: vanguarda cultural desde a produção dos cartazes
- andréia gomes durão
- 3 de ago. de 2020
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Com cartaz oficial criado por Rodolfo Vanni, a 20ª Bienal de São Paulo (1989) representou um rompimento com as edições anteriores. Concebida por um triunvirato: Carlos von Schmidt, Stella Teixeira de Barros e João Cândido Galvão, a curadoria não apresentou uma temática formal para essa edição e retomou as premiações e o arranjo das representações nacionais em salas separadas.
O cartaz de Vanni, Banana grampeada, tornou-se símbolo da polêmica edição de 1989. Em um contexto histórico pós-Constituição de 89 e abertura política, no ano de uma das eleições mais simbólicas para o país, a imagem da banana verde com grampos, sobre fundo amarelo e tipografia condensada vermelha é uma das mais icônicas da história das Bienais.

"Este cartaz é o que com maior nitidez atesta a superação do projeto moderno. Polêmico, produziu uma imagem forte e memorável. Está presente o código da brasilidade – a indefectível banana –, está presente a irreverência da produção artística – a subversão da banana –, está presente a imagem de assimilação imediata pelo público, adequada a uma Bienal que ingressa no circuito de massa. Apesar das críticas da época, que desqualificavam a peça em função do entendimento da banana como sendo uma imagem estereotipada de brasilidade, ele se afirmou como um dos mais lembrados cartazes de Bienais". (Francisco Homem de Melo, Bienal 50 Anos, 1951-2001, 2001, p. 302)
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