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Carbono Galeria expõe escultura de Tomie Ohtake em pequeno formato

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 15 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Com suas curvas que se torcem formando ondas ziguezagueantes, a escultura criada em 2014 pela extraordinária artista Tomie Ohtake nos faz pensar em uma fita que dança no espaço. Um desenho leve, em contraste com seu material firme e resistente, o alumínio naval, que ganha a pintura de cor branca. O trabalho apresenta estreita relação com suas esculturas monumentais, sendo um exemplar raro nessa escala dentro do corpo de sua obra.

O trabalho de Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 / São Paulo, 2015) como pintora, escultora e gravurista posiciona a artista como um ícone da arte contemporânea brasileira. Em seu extenso currículo constam mais de 15 participações em bienais por todo o mundo, 26 prêmios e 31 esculturas em espaços públicos no Brasil.

"Sem título", 2014

Tomie nasce em Kyoto, Japão, e vem para o Brasil aos 23 anos. No entanto, só inicia sua produção artística por volta dos 40 anos, quando integra o Grupo Seibi, de que também fazia parte Manabu Mabe. Desenvolve por pouco tempo pinturas figurativas e logo passa a criar telas abstratas, em grande formato, que definirão sua trajetória a partir de uma pesquisa pautada nos campos cromáticos, nos planos e nas transparências. A caligrafia oriental, as formas geométricas e o estudo da espacialidade também permearão o conjunto de sua obra.


Em 1957, tem sua primeira exposição individual no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo. No início dos anos 1960, desenvolve a série de "pinturas cegas", em que pintava com os olhos vendados e pretendia se contrapor ao excesso de visualidade e racionalidade da arte produzida naquele momento. Ainda no fim daquela década, expande seu repertório técnico quando começa a trabalhar com a serigrafia, litogravura e gravura em metal. Em 1972, expõe suas litogravuras na Bienal de Veneza ao lado de Robert Rauschenberg. A partir dos anos 1970, passa a aprofundar-se em seus estudos pictóricos, ao mesmo tempo em que se lança sobre as investigações tridimensionais.


Entre as esculturas que realizou em espaços públicos, estão a escultura da Avenida 23 de Maio, em São Paulo, em que faz uma relação entre as linhas da escultura e as faixas da avenida. Esta foi uma das primeiras esculturas de grande porte realizadas por Tomie, datada de 1988 e com 40 metros de comprimento. Suas obras importantes em espaços públicos incluem a Labareda, na entrada do Auditório do Ibirapuera, a escultura Sem título no Aeroporto Internacional de Guarulhos, a Estrela do mar, que foi instalada na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, entre outras.


Tomie Ohtake é representada em São Paulo pela Galeria Nara Roesler.


A Carbono Galeria fica na Rua Joaquim Antunes 59, no Jardim Paulistano.

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