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Claudio Gil leva sua visão aérea de La Paz ao Centro Cultural Correios

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 11 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

A exposição de desenhos e pinturas Bruta_la grafia chega ao Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, depois de passar por La Paz e Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia; e Milão, na Itália. São apresentados cerca de 300 trabalhos, em diversos formatos e suportes, feitos nos últimos anos, inspirados pela geografia de La Paz, vista de cima, quando Claudio Gil estava no avião, voltando da sua primeira visita à cidade, após participar da Bienal de Cartazes da Bolívia, em 2015.

Na abertura da exposição, nesta quarta-feira, dia 11, Claudio Gil pintou, na frente do público, uma tela de aproximadamente 2mx3m. "É sempre uma surpresa aos olhos de quem vê e às vezes é para mim também", diz o artista. Serão realizadas também visitas guiadas durante o período da exposição.

Claudio Gil é designer e calígrafo e, a partir de seus estudos, transforma letras e palavras em texturas, linhas, massas de luzes e sombras, que desvendam possibilidades artísticas do alfabeto ocidental. O público tem uma visão diferente da escrita latina a partir das imagens criadas pelo artista em diversas escalas e com instrumentos variados.

"Bruta surge no meu imaginário, inspirada na geografia da cidade de La Paz, na Bolívia. Do avião eu via uma paisagem natural, composta por montanhas de pedras com cores indescritíveis e uma floresta pujante. Tudo isso se fundia de uma maneira bruta (raw material) com a geometria imposta pelo homem, observadas nas rotas urbanas. O desafio era fundir letras barrocas e geométricas. E o resultado foi além da fusão entre alfabetos, ganhou uma identidade própria", comenta Claudio Gil.

Bruta_la grafia é um recorte das exposições realizadas na Bienal da Bolívia Cartel BiCeBé 2017, na Galeria Manzana 1, em Santa Cruz de La Sierra, em 2018, e na Acqua su Marte, em Milão.

Na exposição carioca, o projeto expográfico instiga o visitante a olhar o todo à distância, tal como Claudio Gil viu do avião, e, depois, se aproximar das peças e observar as texturas e elementos de cada uma. Os suportes variam entre dois tipos de papel reciclado com sementes (cravo e margarida), papéis industriais para desenho e tecido.

A maioria das peças foi pintada com tinta acrílica e pincel chato. Em algumas delas, foram utilizadas penas de metal da Dreaming Dogs Ruling Pens, produzidas em Santa Maria (RS), e nanquim. As telas em tecido foram produzidas artesanalmente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, pelos técnicos da Galería Manzana Uno, e pintadas com esmalte sintético a base de água. Os tamanhos das peças em papel variam desde uma folha A4 (21 x 29.7cm) até o formato de 70 x 100 cm (papel semente). Os tecidos vão de 2 m x 2,6 m até 3,40 m x 2,65 m.

A exposição poderá ser visitada até dia 27 de outubro. O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí 20.

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