"Coleções afetivas", do Mac Niterói, valoriza o acervo de uma cidade
- andréia gomes durão
- 12 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
No momento em que nos encontramos em isolamento social para o combate à propagação de uma das maiores pandemias da história, o Mac Niterói realiza um projeto que busca identificar e difundir as "obras de arte" que os moradores da cidade possuem. Grande parte da população está isolada em casa, sozinha ou com família e amigos. Para além da TV e da internet, o seu universo de observação está restrito às paredes de sua casa: fotos, quadros, plantas, objetos especiais. Esses artefatos são como links para experiências estéticas, afetivas, meditativas, intelectuais. Em muitos casos, esses "objetos de arte" perpassam gerações e vão ganhando camadas simbólicas de memória e afeto. Memórias dos nossos mais velhos, os mesmos que hoje enfrentam um grande risco pela Covid-19.


A pandemia do coronavírus é, portanto, além de todos os outros impactos que esta carrega, uma ameaça às nossas memórias. Por meio de seus canais nas redes sociais - Facebook e Instagram - o MAC leva à população da cidade, do país e do mundo, um pouco da intimidade e da história de cada casa, das famílias, das obras de arte e objetos das coleções afetivas que os niteroienses têm em casa. E da história por trás de cada objeto. Mais que uma exposição virtual, essa é uma iniciativa de mobilização e engajamento de pessoas, nesse momento de crise e de isolamento em que vivemos.


A partir da exibição de fotos dos objetos que as pessoas têm em sua própria casa, e da história que carrega esse objeto, descortina-se um pouco da experiência da cidade de Niterói, de sua gente, com a arte. E de sua memória afetiva. Aqueles que quiserem participar, devem enviar a foto e a história do objeto.
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