Em "Eco e Narciso", Gustavo Prado explora nova abordagem escultórica
- andréia gomes durão
- 9 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Em sua série "Eco e Narciso", Gustavo Prado inicia um novo desdobramento da estratégia escultórica em que agrega materiais já em circulação, como espelhos e sistemas estruturais modulares. Nela, com o uso de diferentes objetos em que a superfície é ora reflexiva ora opaca, o interesse passa da fragmentação da imagem do corpo e da paisagem, para a investigação dos limites entre matéria e imagem.

Gustavo Prado (São Paulo, 1981 | Vive e trabalha em Nova York) estudou filosofia e design industrial e recebeu seu treinamento artístico na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Empregando escultura, performance, fotografia e vídeo, ele examina alterações na perspectiva a fim de produzir trabalhos que investiguem diferentes concepções da realidade.
Ele se concentra em elementos tais como a luz, o local e o contexto para criar um corpo de trabalhos que disseca a necessidade de negociar constantemente com o espaço habitado a compreensão da identidade pessoal.

Explorando complexidades inerentes ao ato da contemplação, Prado investiga uma série de noções que são intrínsecas e ao mesmo tempo excêntricas ao campo da arte como vigilância, apropriação, voyeurismo, inteligência artificial, narcisismo, sobrecarga de informação e o direito à privacidade. Se utiliza de materiais prontos que altera ligeiramente, permitindo que os espectadores reconheçam-nos em sua origem, ao mesmo tempo em que compreende os desvios do uso primitivo.
Seus trabalhos foram apresentados recentemente em exposições coletivas, como a Bienal do BRIC, o Bronx Museum Biennial e Spring Break Art Show, todos em NY; e o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro e Itaú Cultural em São Paulo; em shows solo na Galeria Lurixs no Rio, Nara Galeria Roesler, em São Paulo; na Galerie Richard, em Nova York. Ele tem obras na coleção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio); apresentou uma grande instalação no Coachella (2017) Music Festival na Califórnia e criou uma instalação pública permanente no Instituto Casa Firjan no Rio.
A Carbono Galeria fica na Rua Joaquim Antunes 59, no Jardim Paulistano, em São Paulo.
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