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Em individual, Vitor Mizael expõe seu olhar em torno da memória

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 26 de fev. de 2020
  • 1 min de leitura

Ainda que em transição, o trabalho de Vitor Mizael não abandona o olhar em torno da memória. Em séries passadas, o artista refletia sobre a noção de patrimônio e conservação, priorizando suportes que exprimiam a vulnerabilidade e a perecibilidade da matéria. Agora, o interesse do artista migra para outra perspectiva do mesmo objeto: questões como afetividade e ornamento, e como elas se expressam no espaço e se acumulam ao longo do tempo, viram seu foco.


Por isso, ao lado do desenho, surgem bordados em linho, pinturas em azulejos das décadas de 1970 e 1980, objetos em metal que remetem a padronagens de portões domésticos tão característicos das casas de São Paulo. Parte desta produção recente de Vitor Mizael está em sua nova exposição individual no programa Zip’Up, aberta a partir de 29 de fevereiro, com vernissage às 12h.

Desde o início de sua pesquisa, Vitor aborda as figuras animais e botânicas pela ilustração científica. Ele se apropria de manuais catalográficos para criar novas formas e buscar outras relações entre os trabalhos que se confrontam no espaço expositivo. Nesta individual, os trabalhos revelam a virtuose do desenho e seu poder de rompimento com a representação do real. Em estandartes de linho bordado e portões soldados, convivem o que antes eram opostos: serpentes e o pássaros — duas figuras frequentes no trabalho do artista — deixam os meros status de "predador" e "presa" e assumem novas simbologias.


Segunda individual do artista na Zipper, a mostra fica em cartaz até 28 de março. A Zipper Galeria fica na Rua Estados Unidos 1.494, no Jardim América, São Paulo.

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