"Entardecer", de László Nemes, estreia nesta quinta-feira, dia 18
- andréia gomes durão
- 15 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Vencedor do prêmio da Federação Internacional dos Críticos de Cinema (FIPRESCI) na última edição do Festival de Veneza e exibido em diversos festivais internacionais, como o de Toronto, "Entardecer" é o novo longa do premiado diretor László Nemes, de O Filho de Saul.

Lászlo Nemes explica que "mesmo antes de começar O Filho de Saul, eu tinha em mente a ideia de fazer um filme sobre uma mulher, sozinha, perdida em seu mundo, um mundo que ela tenta, mas no final não consegue entender". Para ele, "Entardecer se assemelha a um conto, um mistério em si mesmo, em que o espectador é convidado a encontrar, juntamente com o personagem principal, um caminho possível por meio desse labirinto de fachadas e camadas".
No coração da Europa de 1913, pré-primeira Guerra Mundial, uma jovem chega a Budapeste, após anos distante de sua cidade natal, em busca de suas raízes e de seu lugar no mundo. Sua principal esperança é conseguir um emprego na lendária loja de chapéus Leiter, que pertenceu aos seus pais e à sua família por muito tempo.
Quando um homem aborda Irisz, questionando-a sobre um tal de Kálmán Leiter, ela recusa-se a perder a única pista que poderia ajuda-la e se reconectar com seu passado perdido e passa a segui-lo. Sua busca a leva pelas ruas escuras de Budapeste, onde apenas a loja de chapéus brilha, no turbilhão de uma civilização às vésperas de sua queda.
A intenção de Nemes foi "seguir de perto o personagem principal, permitindo uma abordagem altamente íntima em um filme de época incomum, tentando romper com os códigos previsíveis das percepções de cartão postal de tempos passados". E assim, conseguir que o "espectador esteja submerso em um mundo desconhecido, onde as pessoas falam línguas diferentes, forçando-o a desistir de algumas defesas". "Chegar ao espectador de forma diferente é meu objetivo final, depois de fazer o público sentir e pensar", finaliza o diretor.
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