Expo "Patrimônio Imaterial Brasil-Portugal" ocupa o Paço Imperial
- andréia gomes durão
- 4 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
As cores, os ritmos e os saberes do patrimônio cultural do Brasil se uniram às manifestações da cultura portuguesa na exposição "Patrimônio Imaterial Brasil-Portugal: a celebração viva da cultura dos povos", que fica aberta ao público até 29 de março, no Centro Cultural Paço Imperial, no Centro do Rio de Janeiro.
Com cerca de 65 bens culturais dos dois países, a exposição é realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, em parceria com a Direção-Geral do Patrimônio Cultural de Portugal (DGPC).

A mostra, inédita, apresenta um acervo de mais de 200 peças, que revelam ao visitante a riqueza do patrimônio cultural imaterial brasileiro e português. Objetos de museus, peças produzidas por mestres e artesãos brasileiros e por comunidades portuguesas (que compõem a cadeia produtiva do patrimônio cultural), incluindo peças de colecionadores, fazem parte da proposta do projeto.
"Trata-se de uma grande feira popular. Uma feira que revela a diversidade cultural do povo brasileiro e português, seus costumes e suas tradições", revela Luiz Prado, idealizador do projeto, que vai reunir artigos oriundos de manifestações como os maracatus, o Complexo Cultural do Bumba meu Boi do Maranhão e do Cavalo-Marinho.
Por meio de fotos, vídeos, documentos e objetos, a mostra apresenta o cotidiano das festas e celebrações, dos ofícios e manifestações brasileiras, com origem nas matrizes culturais indígena, negra e portuguesa.

O curador da exposição, Luciano Figueiredo, destaca que "o patrimônio imaterial é um caminho para grupos tradicionais manterem sua unidade e tradição". Já o sub-diretor do DGPC, João Carlos dos Santos, aponta que as instituições de patrimônio dos dois países se orientam pela mesma missão em prol da salvaguarda do patrimônio imaterial.
A mostra é composta por técnicas de produção de cerâmicas, de instrumentos musicais, de artefatos indígenas, assim como a representação de ritmos e festividades únicas, incluindo indumentárias de diversas manifestações. Além disso, diversos outros tipos de manifestações culturais acolhidas pelas instituições luso-brasileiras também estarão expostos, a exemplo do fado, das matrizes do samba no Rio de Janeiro, do frevo e do modo de fazer renda irlandesa.
"Os elementos da exposição são o resultado de saberes, formas de expressões, celebrações e lugares que as comunidades e grupos formadores da sociedade brasileira desenvolveram no decorrer de séculos", explica o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Hermano Queiroz. "De Norte a Sul, o Iphan atua na salvaguarda desse patrimônio imaterial. E, na exposição, a sociedade poderá conhecer a riqueza, a beleza e a inventividade que fazem parte do dia a dia do brasileiro."
A exposição interativa é um convite para o visitante mergulhar no processo da cultura luso-brasileira, possibilitando uma experiência imersiva no universo cultural das manifestações retratadas.
A exposição é gratuita e livre para todos os públicos. O Paço Imperial fica na Praça Quinze de Novembro 48, no Centro.
Fotos: Oscar Liberal
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