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Exposição de Cildo Meireles na Multiplo é prorrogada até fevereiro

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 20 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jan. de 2020

Sem expor no Rio de Janeiro há cerca de dez anos e em uma galeria carioca há mais de 30, Cildo Meireles tem sua mostra na Mul.ti.plo Espaço Arte, no Leblon, prorrogada até 29 de fevereiro. Com curadoria de Paulo Venancio, a individual traz objetos e gravuras de diferentes formatos e materiais, produzidos ao longo de cinco décadas. Algumas peças são inéditas, recém-saídas do forno, e são apresentadas ao público pela primeira vez.


De importância fundamental na internacionalização da arte brasileira, Cildo é o mais conceituado artista brasileiro na cena contemporânea mundial, com obras no acervo da Tate Modern (Londres, Inglaterra), Centro Georges Pompidou (Paris, França), MoMA (Nova York, EUA), Museu Reina Sofía (Madri, Barcelona), entre outros.

Aos 71 anos de idade, o carioca Cildo Meireles fez sua última retrospectiva no Rio no ano 2000, quando apresentou uma grande mostra no Museu de Arte Moderna. Na exposição da Mul.ti.plo, que foi gestada por dois anos, o público carioca pode ver de perto um conjunto importante de obras que lidam com noções da física, da economia e da política, temas recorrentes na obra dele. Entre as 16 peças reunidas, quatro são inéditas.


"A ideia da mostra se consolidou há dois anos, no meu ateliê, com o Paulo Venancio, a partir de um objeto criado há décadas que sintetiza a instalação-performance 'Sermão da Montanha: Fiat Lux', apresentada há exatos 40 anos, em 1979, no Centro Cultural Candido Mendes. Foi uma provocação à ditadura militar, durando apenas 24 horas. Muito pouca gente viu. Desde então, guardo essa maquete, e agora, finalmente, concluí o trabalho", explica o artista.


"Eu também já tinha combinado uma exposição na Mul.ti.plo com o meu amigo Maneco Müller", completa. Sócio da galeria, Maneco fala de outra obra surpresa da mostra: a participação da locutora Iris Lettieri, cuja voz ecoou por décadas, anunciando as partidas e chegadas no aeroporto do Galeão, no Rio. "Um dia, Cildo me revelou um projeto, concebido nos anos 70, que só poderia ser realizado com a voz única dela. Não perdi tempo. Fui ao encontro de Iris e conseguimos realizar o desejo do Cildo, com a mesma fala impecável e inesquecível", explica Maneco.


"A exposição apresenta múltiplos de Cildo Meireles que trazem em si o pensamento das grandes instalações do artista”, explica o curador. Uma delas, por exemplo, tem ligação com "Metros", trabalho apresentado em uma emblemática exposição na Documenta, em Kassel (Alemanha, 2002). "Os objetos e gravuras reunidos exemplificam o pensamento de grandes trabalhos de Cildo, sendo alguns pouco vistos", diz ele. O público pode conferir de perto também uma nova edição das notas de "Zero Dólar" (1978-1994).


A Mul.ti.plo Espaço Arte fica na Rua Dias Ferreira 417 sala 206, no Leblon.

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