Festival de Esculturas do Rio ganha nova edição a partir deste sábado
- andréia gomes durão
- 6 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
O Festival de Esculturas do Rio chega a sua quarta edição, com abertura neste sábado, dia 08, e exposições simultâneas na Casa França Brasil, Museu Nacional de Belas Artes, Paço Imperial e Centro Cultural Correios Rio. Idealizada pelo artista plástico Paulo Branquinho, a iniciativa vem ganhando relevância e visibilidade no Brasil e no exterior, atraindo a atenção de artistas - e de públicos! - de diferentes origens.

O projeto também cria um circuito entre os museus e centros culturais que acolhem o Festival de Esculturas, oferecendo aos visitantes um passeio pela diversidade, em que podem usufruir das diferentes sensações visuais e táteis proporcionadas pelas esculturas e instalações apresentadas pelos artistas nas diferentes instituições.

Com curadoria e organização do produtor de artes visuais Paulo Branquinho e participação de autores de diferentes estados do Brasil e de outros países, o festival promove também o intercâmbio entre diferentes gerações, origens e técnicas, trazendo aos visitantes a oportunidade de conhecerem as obras de artistas que se apresentam pela primeira vez na cidade junto aos veteranos.

"Grande satisfação também em estarmos promovendo a integração entre nossos museus e centros culturais, que se unem abraçando uma mesma proposta, de materializar um caminho e um sonho, tendo a escultura e seus criadores como elo", comenta Branquinho.

Tendo início na Casa França Brasil, neste sábado, dia 08, o Festival de Esculturas do Rio apresentará a instalação "Torre de Babel", criada e montada em conjunto pelos artistas convidados Ângelo Milani, Otávio Avancini e Paulo Jorge Gonçalves.

De acordo com Branquinho, por sua grandiosidade arquitetônica, colunas monumentais belíssimas, piso fabuloso e outros atrativos que chamam a atenção, o espaço vazio já vale a visita e 'engole' a maioria das exposições ali apresentadas. Entre suas muitas idas e vindas observando o espaço, resolveu lançar o desafio a três artistas que considera arrojados: Ângelo Milani, de São Paulo, que trabalha em grandes monumentos, se utilizando de materiais reaproveitados; Paulo Jorge Gonçalves, do Rio de Janeiro, que trabalha com esculturas aéreas que trazem o vigor das cores, que flutuam, interagindo com a movimentação do ar, por meio da leveza dos tecidos utilizados em suas obras; e Otávio Avancini, também do Rio, que se utiliza de árvores e raízes mortas para a criação de suas esculturas, tendo sido também carnavalesco de escola de samba.

"Na proposta apresentada a eles, pedi para que se unissem, criassem e trabalhassem juntos, para que fizessem com que o prédio se integrasse na escultura, ou seja, os visitantes não estarão indo ver uma exposição na Casa França Brasil de três artistas, eles entraram na escultura, onde o espaço é parte da obra", explica Branquinho.

Não serão três obras de arte, uma de cada artista, e sim uma única obra pensada e concebida pelos três, que estarão trabalhando simultaneamente em todos os espaços do local, terrestre e aéreo.
Para esta tarefa, os artistas construíram uma torre piramidal, a "Torre de Babel", com diversas colunas que formam um labirinto de sensações, construído também com a participação e parceria de artistas frequentadores do Instituto Municipal Nise da Silveira, com os projetos Espaço Travessia, Museu das Imagens do Inconsciente, Ponto de Cultura e Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana, CAPS Espaço Aberto ao Tempo Severiano dos Santos, Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho, Grêmio Nise da Silveira, Colônia Juliano Moreira e Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio.
Fotos: divulgação
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