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"Inventário das Pequenas Epifanias" tem vernissage dia 06 no Rio

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 3 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

A coletiva "Inventário das Pequenas Epifanias", com curadoria de Osvaldo Carvalho e coordenação de Roberto Tavares, tem vernissage nesta terça-feira, dia 06, às 18h, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Centro do Rio. Integram a mostra os artistas Aldonis Nino, Beanka Mariz, Heberth Sobral, Jorge Cupim, Liz Lopes, Manu Alves, Marcelo Monteiro, Mayer, Robnei Bonifácio e Virginia Paiva.

Virginia Paiva

"Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos." Caio Fernando Abreu


"Todo dia, a todo instante, somos bombardeados com imagens e acontecimentos que nos provocam o senso, que puxam de nós o eixo e nos fazem rodopiar sem rumo enquanto não encontramos o lugar certo para depositar aquele episódio ou aqueles fatos.

Robnei Bonifácio

Para o artista, o registro usual dos eventos com os quais se depara está em suas manifestações íntimas, uma urdidura que se faz pelo gesto, circulando por dentro, da alma ao cérebro, numa espécie de inventário que produz do mundo que o cerca, tendo seu trabalho o caráter de uma pequena epifania que, mais que querer desvendar segredos, ajusta ponteiros. A revelação do inesperado está em sua percepção intuitiva, é o artífice de imagéticas enigmáticas, porém essenciais e verdadeiras.

Mayer

Ao inventariar o mundo, o artista propõe conhecê-lo em seu íntimo, em cada nova descoberta, ainda que distraidamente em meio a tempestades e naufrágios, um motivo razoável para aquilo que é legítimo: olhar as coisas de um jeito mágico.

Liz Lopes

Sempre me faz sorrir a ideia, como disse Caio F. Abreu, de "que quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado". Isto porque me faz pensar que estar aparentemente alheio é estar atento, conectado, é ser o receptáculo possível onde ninguém mais tem acesso, e esse é justamente o papel do artista, acessar além, seguir adiante em suas tentativas de falar ao mundo, mesmo quando o mundo parece não querer ouvi-lo.

Beanka Mariz

A fragmentação contemporânea do sujeito, o ruído abissal nos modos de fala e escuta, entenda-se o diálogo dando lugar ao bloqueio inquisitivo, o medo usurpando a razão, o cerceamento às expressões, a desarticulação do que é real, a mistificação no lugar da reflexão, todas essas problematizações estão na agenda do dia de qualquer pessoa minimamente sensata, que dizer então para um artista.

Aldones Nino

Inventário de Pequenas Epifanias é uma amostra do que a arte pode ser para nós, esse campo de investigação e também de fluxo das paixões, terreno fértil que assusta apenas os néscios, despreparados que são para a vida. Arte não é algo estanque, arte é vida.

Heberth Sobral

Os dez artistas aqui reunidos em torno desse propósito trazem o vigor de suas recentes produções em trabalhos que apuram e afirmam a constância e pertinência do gesto, do fazer manual, da contemplação, da análise subjetiva, daquilo que todos precisamos como exercício de liberdade no pensar, no agir, no ser.

Heberth Sobral

Convocam os presentes a circular pelas memórias do seu tempo, questionando se são pertinentes, se restarão como referências de suas convicções, se haverá convicções pertinentes, perenes, ou "que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços"."


Osvaldo Carvalho


A exposição poderá ser visitada até 30 de setembro. O Centro de Artes Calouste Gulbenkian fica na Rua Benedito Hipólito 125, no Centro do Rio.

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