"Jorginho Guinle - Só se vive uma vez" chega aos cinemas do Rio e SP
- andréia gomes durão
- 21 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Dirigido por Otavio Escobar, cinebiografia de Jorginho Guinle estreia nesta quinta, dia 21, em salas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Jorge Eduardo Guinle foi um dos personagens mais emblemáticos da história da sociedade brasileira e tem uma cadeira cativa no imaginário do brasileiro que ouviu falar de suas aventuras.

Ele teve algumas das mulheres mais desejadas do seu tempo – como Marilyn Monroe, Heddy Lamarr, Kim Novak, Rita Hayworth e Jayne Mansfield, conheceu os políticos mais influentes, viveu permanentemente cercado de luxo, riquezas e não trabalhou nem um dia sequer. E, talvez, por isso, morreu, em 2004, na miséria.

O diretor Otávio Escobar, da Pró-Digital, recriou no filme "Jorginho Guinle - Só se vive uma vez" cenas em dramaturgia em cenários belíssimos, como o Palácio Laranjeiras e o Copacabana Palace; selecionou imagens de arquivos do carnaval carioca dos anos 50 e de grandes estrelas de Hollywood, com trechos de clássicos do cinema, como Rita Hayworth em Gilda, Louis Armstrong em Five Pennies - em que Jorge Guinle aparece em uma ponta -, além de takes dos bastidores dos filmes, do Porto de Santos dos anos 20 e adicionou depoimentos dos filhos, amigos e da ex-mulher, que resultaram em um filme divertido, combinando as linguagens da dramaturgia e do documentário.
"É uma cinebiografia que conta a trajetória do playboy e, ao mesmo tempo, as mudanças que ocorreram na sociedade brasileira, desde a República Velha aos nossos dias. À medida em que Jorge Guinle entra em decadência e, em vão, tenta recuperar o único estilo de vida que conheceu, o filme acaba revelando um personagem muito mais profundo do que simplesmente o homem que nunca trabalhou. Vemos, enfim, o playboy se transformando em um personagem muito mais rico do que a herança milionária que ganhou e torrou até o último centavo", explica Escobar.
No papel de Jorge Guinle está o ator Saulo Segreto; Leticia Spiller vive a governanta da família, Fraulei Emy, e Guilhermina Guinle recria sua bisavó, Guilhermina. Os musicais de abertura e encerramento têm arranjos do maestro Guto Graça Mello e a trilha sonora vai do melhor estilo big bands dos anos 40 e 50 ao clássico Maurice Ravell, sublinhando o auge e a decadência da vida do playboy.

Herdeiro de uma das famílias mais ricas do Brasil, no início do século XX, Jorge Guinle decidiu, desde moço, que não trabalharia um dia sequer na sua vida. Homem culto, generoso e encantador, Jorginho, como era conhecido, viveu no luxo e na riqueza, conheceu os homens mais poderosos e as mulheres mais desejadas do seu tempo e morreu pobre, aos 88 anos, por um erro de cálculo: não imaginou que ficaria tanto tempo sobre o planeta.
Fotos: divulgação
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