Luciana Caravello faz leilão em prol da Sociedade Viva Cazuza
- andréia gomes durão
- 13 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Na próxima quinta-feira, dia 17, data em que a Sociedade Viva Cazuza completa 29 anos, Luciana Caravello Arte Contemporânea fará um leilão de parede beneficente, com toda a renda revertida para a instituição, criada em 1990 pelos pais de Cazuza, Maria Lúcia (Lucinha) e João Araújo.

Serão apresentadas obras em diferentes suportes, como pintura, desenho, gravura, fotografia e escultura, de importantes artistas, como Adrianna Eu, Alan Fontes, Alexandre Mazza, Almandrade, Armando Queiroz, Bruno Miguel, Cabelo, Daniel Murgel, Eduardo Kac, Gustavo Speridião, Marcelo Jacome, Pedro Varela, Úrsula Tautz, Victor Arruda, entre outros, que doaram seus trabalhos para o projeto.
O leilão de parede caracteriza-se pela ausência da figura do leiloeiro, que normalmente faz a mediação entre os lances oferecidos e a venda final da obra. Nessa modalidade, o participante registra a sua oferta diretamente na parede, ao lado da obra. O lance mínimo será de R$ 1 mil.

Realizado em um ambiente descontraído e informal, todos serão convidados a participar do leilão, bastando apenas preencher uma ficha de inscrição, que estará disponível na galeria no dia do evento. Durante o dia, os participantes podem deixar seus lances a qualquer momento, pessoalmente, por telefone ou internet.
A Sociedade Viva Cazuza foi criada em 1990 pelos pais de Cazuza, Maria Lúcia Araújo (Lucinha Araújo) e João Araújo, junto com amigos e médicos, com o intuito de dar apoio aos pacientes com AIDS/HIV, do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na Tijuca, zona norte do Rio. Cansada de ver muitas crianças soropositivas serem abandonadas pelas famílias, Lucinha resolveu criar a Sociedade Viva Cazuza em 1994, e passou a dedicar todo o seu tempo e carinho de mãe – que antes era exclusivo para o seu único filho Cazuza, já morto pela doença – a meninos e meninas que passaram a viver na casa.

Entre os anos de 1990 a 1992, a Sociedade trabalhou junto ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, conseguindo aumentar o número de leitos destinados aos pacientes da AIDS, reformou enfermarias e berçário, forneceu remédios, exames e cestas básicas para os portadores da doença.
A Sociedade Viva Cazuza encerra a cooperação com o Hospital Gaffrée em 1992, e começa a operar independentemente. Em 1994, foi inaugurada a primeira Casa de Apoio Pediátrico do município do Rio de Janeiro, com imóvel cedido pelo governo do município.
A Sociedade Viva Cazuza atende crianças e adolescentes portadores do HIV/AIDS. Além dos pacientes adultos com a doença, que em sua maioria são analfabetos, e são cadastrados para receberem mensalmente cesta básica e apoio no tratamento. O Programa de Adesão e Tratamento da ONG acompanha 140 pessoas que têm dificuldades para ler e compreender a prescrição médica. Um cartão colorido é distribuído pela instituição e ajuda os pacientes analfabetos a identificar os remédios e os respectivos horários que devem ser tomados durante todo o tratamento. A disciplina é fundamental para o controle da doença.
Nesses anos de atuação, a Viva Cazuza recebeu alguns prêmios como: Diploma de Responsabilidade Social - Associação de Imprensa (2011), Prêmio UNESCO (2004), Certificado da Organização Pan America de Saúde (2002), IX Jornada Científica de Fisioterapia Ocupacional (2001) e Filantropia 400 – Kanitz (2001).
A Luciana Caravello Arte Contemporânea fica na Rua Barão de Jaguaripe 387, em Ipanema.
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