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"Mujeres Creando" levou debate sobre aborto à 31ª Bienal de SP

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 21 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Com o slogan "Nem boca fechada, nem útero aberto", o coletivo Mujeres Creando, formado por ativistas urbanas, feministas e anarquistas, com bases nas cidades de La Paz e Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, apresentou a obra Espacio para abortar [Espaço para abortar] na 31ª Bienal de São Paulo (2014).


O projeto consistiu em uma intervenção sob a forma de uma passeata-performance pública e participativa, que percorreu o espaço da Bienal e o Parque Ibirapuera, contra a ditadura do patriarcado sobre o corpo da mulher. Tanto a performance quanto a instalação no Pavilhão tiveram a participação de diversos coletivos, organizações e movimentos de mulheres brasileiras, para dar impulso à reflexão e ao debate sobre a questão do aborto no Brasil e na América Latina.

Mujeres Creando, Espacio para abortar © Leo Eloy / Fundação Bienal de São Paulo

A instalação final no espaço da Bienal foi composta por um círculo vermelho no chão onde se lia: "espaço para abortar". No centro desse espaço, um enorme "útero" ambulante foi estacionado, onde se buscou promover um ambiente de discussão e diálogo. Além desse "útero" central, que foi carregado durante a performance, outros cinco úteros foram adicionados, formando um círculo em que foram agregadas duas telas de televisão.


Ao entrar nos úteros, o público podia colocar fones de ouvido e escutar os relatos de mulheres brasileiras que fizeram aborto. Nas telas passaram o vídeo Uteros llegales [Úteros ilegais], sobre uma intervenção similar na Bolívia. Saiba mais sobre esse trabalho no catálogo da 31ª Bienal de São Paulo.


Mujeres Creando surgiu em 1992, na Bolívia, pela ação conjunta de Maria Galindo, Monica Mendozza e Julieta Paredes, e ao longo dos anos vem agregando novas/os participantes que, em suas diversidades, contribuem para a ação política do grupo. A organização é um espaço plural, interdisciplinar e de encontro que se apresenta como um movimento social, ao mesmo tempo em que trabalha na interdisciplinaridade e nas fronteiras das linguagens. Confira o site do coletivo (em espanhol).

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