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Pedro Varela ministra ateliê de colagem na EAV do Parque Lage

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 27 de jun. de 2019
  • 3 min de leitura

"Colagem como forma de Pensamento" é o mais novo ateliê de colagem de Pedro Varela e Rodrigo Torres, que acontece nesta quinta-feira, dia 27, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Jardim Botânico.

John Baldessari. e.g., Grass, Water Heater, Mouths, & etc. (para John Graham), 1994

A colagem é um dos procedimentos chave para se compreender a imagem da modernidade até os dias atuais. Apesar de todas as mudanças que estamos vivendo nas últimas décadas, a colagem, como forma de pensar e não apenas como meio, continua sendo um mecanismo muito relevante para o desenvolvimento visual, e sua compreensão é importantíssima para pensar a produção de imagens hoje.


Desde Picasso e Braque, no início do século XX, passando pela pop art de Richard Hamilton, até chegar na contemporaneidade com suas edições digitais e realidade ampliada, a colagem como forma de pensar a imagem tem sido um mecanismo que norteia boa parte da produção visual. Na verdade, podemos dizer que desde muito antes das primeiras colagens de Picasso e Braque, a ideia de colagem ou edição de imagens já permeia a produção visual.


Basta ver a organização espacial dos elementos presentes na composição de uma pintura da idade média, ou mesmo em um retrato renascentista, em que a figura posando para o artista em seu estúdio se sobrepõe a um fundo pintado com uma paisagem exterior.


Pensar a colagem hoje é um desafio, mas também um ótimo exercício de percepção da imagem, que permite ao aluno ver de forma diferente sua construção, tanto no seu aspecto formal, quanto técnico e conceitual.


Pedro Varela (Niterói, 1981), vive e trabalha em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

O artista mistura referências literárias e da história da arte em pinturas e desenhos que remetem a um mundo tropical imaginário. Com um forte caráter de narrativas visuais, suas obras exploram a ideia do exótico, frequentemente associada aos trópicos.


Meio a suas mostras mais importantes estão "Tender Constructions" (com Carolina Ponte), na Cité des Arts Paris, 2017; "Pedro Varela", Zipper Galeria, São Paulo, 2016; "O grande tufo de ervas (com Mauro Piva)", Galeria do Lago – Museu da república, Rio de Janeiro, 2015; "Crônicas tropicais", MDM Gallery, Paris, 2015; "Tropical", Galeria Enrique Guerrero, Mexico DF, 2014; e muitas outras.


Rodrigo Torres (Rio de Janeiro, 1981) reside e trabalha no Rio de Janeiro. Em sua pesquisa artística, ele faz uso de recursos de colagem e pintura para ressignificar objetos do cotidiano, seja intervindo sobre os próprios objetos, seja repensando seus meios de representação por meio de diferentes suportes, como cerâmica, vidro e papel.


Entre suas principais exposições destacam-se: "A Luta Continua", The Sylvio Perlstein Collection, Hauser & Wirth, New York, 2018; "Mr. Fusion", SIM Galeria – SP, 2018; "A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela", Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2017; "Víveres", galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, 2017; "Apreensão", Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2016; entre tantas outras.


Referências bibliográficas da oficina:

ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992

BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica. In: Magia e Técnica, Arte e Política. Ensaios Sobre Literatura e História da Cultura. Obras Escolhidas. Vol. 1. São Paulo, Brasiliense, 1994.

BELL, Julian. Uma Nova História da Arte. São Paulo: WMF Martins Fontes. 2008.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da

fotografia. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará, 2002.

GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC Livros Técnicos e Científicos, 1995.


A Escola de Artes Visuais do Parque Lage fica na Rua Jardim Botânico 414.

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