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Rodrigo Pedrosa inaugura individual no Centro Cultural Correios, no Rio

  • Foto do escritor: andréia gomes durão
    andréia gomes durão
  • 30 de jan. de 2019
  • 2 min de leitura

Com curadoria de Osvaldo Carvalho, "Deslocamentos", exposição individual do artista plástico Rodrigo Pedrosa, terá vernissage na próxima quarta-feira, dia 06, às 19h. A mostra, desta vez, reunirá as pinturas do artista e poderá ser visitada até 10 de março.

Deslocamentos – analogias no espelho


“A arte é o espelho

e a crônica de sua época.”

Shakespeare


As pinturas que Rodrigo Pedrosa apresenta vêm na sequência de sua mostra "Humanidades", em que podíamos vislumbrar seus questionamentos mais íntimos sobre os rumos que estamos vendo nossas escolhas nos levarem: ao abismo da solidão, do medo e mesmo da autodestruição. A ambiguidade que permeava aquele conjunto de esculturas e pinturas está, nas relações que cada conjunto de telas possui, refletida no espectro imagético selecionado e descrito pelo artista como eixo fundamental de suas investigações artísticas.

Fica claro para aqueles que acompanham sua produção o quanto lhe é árduo debruçar sobre questões que tratam da condição humana nos dias de hoje. É o artista que se ergue dos escombros e se põe em marcha na denúncia de acontecimentos cujo viés claramente aponta para a falência do que entendemos como civilização.

Em seus dípticos ficam também evidentes as confusões que a cada dia são criadas pela profusão de imagens que encontramos espalhadas na world wide web. Rodrigo é pródigo em perceber, coletar, contrapor, propor, instigar o confronto entre elas, por que, mais que buscar enaltecer a imagem, ele busca salientar a relação entre coisas e fatos distintos, um reflexo que mostra o avesso dos eventos e seu duplo, talvez impossibilidades que se constituam num desafio para o futuro: como viver juntos?

Deslocar contextos é o leitmotiv da exposição que exaure o olhar comparativo pelo absurdo de suas premissas que vão requerer do observador reflexão, alteridade, amplitude visual. Não bastará passar em revista cada tela, ainda que elas estejam restritas a poucos elementos, posto que a forma é apenas um aperitivo, o que importa é desvelar as camadas de tinta e chegar às minúcias da fatura pelo seu conteúdo.

Rodrigo está lado a lado com artistas contemporâneos como o britânico Banksy ou o turco Ugur Gallen na construção de imagens que confrontam utopias e distopias, crônicas de um tempo líquido, incerto, ainda por achar seu caminho.


Osvaldo Carvalho

O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí 20, no Centro.


Fotos: divulgação


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