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COLUNAS

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"Batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa do batuque

Eu queimei meu pé" (Martinho da Vila)


A marchand Paola Bonelli e o artista visual Flammarion Vieira Magalhães misturam muita cultura e descontração em live (@paolabonelli) nesta quarta-feira, dia 05, às 16h30. O encontro é receita certa para boa informação com pitadas de humor.

A dupla de 'batuqueiros da arte' Flammarion Vieira e Paola Bonelli.

Um dos assuntos em pauta será o conceito de 'cozinha galeria' inaugurado pela dupla, que promete repaginar a cozinha da art dealer, a transformando em uma galeria de arte. A ideia, claro, está muito além da instalação de obras no ambiente e promete reinventar o espaço com uma especialidade da casa - de Flammarion Vieira! -, as colagens.


Criando uma geladeira adesivada para o ambiente, o artista aproveita para chamar a atenção para seu próximo curso de colagens, aberto ao público. Programas imperdíveis para quem tem apetite por arte.



Com cartaz oficial criado por Rodolfo Vanni, a 20ª Bienal de São Paulo (1989) representou um rompimento com as edições anteriores. Concebida por um triunvirato: Carlos von Schmidt, Stella Teixeira de Barros e João Cândido Galvão, a curadoria não apresentou uma temática formal para essa edição e retomou as premiações e o arranjo das representações nacionais em salas separadas.


O cartaz de Vanni, Banana grampeada, tornou-se símbolo da polêmica edição de 1989. Em um contexto histórico pós-Constituição de 89 e abertura política, no ano de uma das eleições mais simbólicas para o país, a imagem da banana verde com grampos, sobre fundo amarelo e tipografia condensada vermelha é uma das mais icônicas da história das Bienais.

"Este cartaz é o que com maior nitidez atesta a superação do projeto moderno. Polêmico, produziu uma imagem forte e memorável. Está presente o código da brasilidade – a indefectível banana –, está presente a irreverência da produção artística – a subversão da banana –, está presente a imagem de assimilação imediata pelo público, adequada a uma Bienal que ingressa no circuito de massa. Apesar das críticas da época, que desqualificavam a peça em função do entendimento da banana como sendo uma imagem estereotipada de brasilidade, ele se afirmou como um dos mais lembrados cartazes de Bienais". (Francisco Homem de Melo, Bienal 50 Anos, 1951-2001, 2001, p. 302)

A 30ª Bienal de São Paulo (2012), intitulada A iminência das poéticas, teve como curador geral o venezuelano Luis Pérez-Oramas, como curadores-adjuntos, André Severo e Tobi Maier, e como curadora-assistente, Isabela Villanueva. Essa edição da Bienal estabeleceu como proposta curatorial as permanentes interlocuções entre passado e presente; centro e periferia; objeto e linguagem. O debate, proposto por Pérez-Oramas, sobre a circulação de obras e pessoas e seus respectivos trânsitos locais e globais tornou-se ainda mais pertinente no contexto da Covid-19.


Com um enfoque na América Latina, 111 artistas participaram da edição, em que cerca de 3 mil obras foram expostas, sendo que 75% delas jamais haviam sido vistas. A 30ª Bienal também homenageou o artista visual brasileiro Arthur Bispo do Rosário e o crítico e artista Waldemar Cordeiro. O público pode conferir no canal do Youtube da Bienal a playlist dedicada a essa edição, com registros da abertura, de performances, conversas com artistas, curadores, vídeos sobre ações educativas, a criação da identidade visual, a arquitetura da mostra e workshops.

"Bienal é Babel. (...) A última tragédia da América, quando finalmente parece que desperta, seria continuar imitando a Europa, e imitá-la também em seus esquecimentos: assim, alguns pretendem que as bienais da América sejam feitas mentalmente a partir de fora, e que, porque a Europa ou as nações dominantes do Atlântico Norte não recuaram em seu empenho, para seu próprio benefício de esquecer o mundo, agora devemos, como eles, herdando as culpas de um esquecimento que não é nosso, pretender ser globais, também e sempre para seu próprio benefício. Em compensação, seria importante aprender a ser locais, a estar situados: a reivindicar um lugar no mundo, a pensar a partir de um lugar, e não como carnavalescas figuras da inteligência, em mascarada, a partir de todos os lugares: falácia como poucas que nos conduz à ilusão de crer que vencemos para sempre as distâncias, as diferenças e os tempos." PÉREZ-ORAMAS, Luis. "A iminência das poéticas (ensaio polifônico a três ou mais vozes)". In Catálogo da 30ª Bienal de São Paulo: A iminência das poéticas, 2012, pp.27-28


Confira o tour virtual (necessário instalar o plug-in Adobe Flash Player em seu navegador).

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